quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O Quinto Mandamento

















Autor: Barry Eisler
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 306
ISBN: 9789896373047                          
SérieJohn Rain nº 2
 
Sinopse:
John Rain só quer desaparecer para sempre. Mas um antigo némesis no FBI japonês quer que ele lhe faça um último favor: eliminar um assassino que mata sem remorsos e usa métodos semelhantes aos de Rain. Há demasiadas coisas em jogo - inclusive a vida dos poucos amigos que Rain tem e, especialmente, a vida de uma paixão do seu passado. Protegê-los implica mergulhar no meio de uma guerra entrea CIA e a máfia japonesa, na qual as diferenças entre amigos e inimigos, a verdade ou a mentira, são tão obscuras como as ruas regadas pelas chuvas nocturnas de Tóquio. Será que Rain tem a frieza necessária para derrotar um inimigo que parece pensar como ele?
 
Opinião:

No seguimento de "Tokyo Killer" e da expectativa que me gerou relativa à possibilidade de evolução desta série e tendo terminado a leitura de "O Quinto Mandamento" fica aqui a resposta.
 
Não, não evoluiu... o estilo Hollywoodesco mantém-se, assim sendo não é defeito é feitio. O defeito esse é meu por esperar melhor.
 
John Rain supostamente é um assassino especialista em matar pessoas fazendo com que o acto pareça um acidente em vez de crime. Ao fim de dois livros lidos, não posso deixar de afirmar que John Rain é um incompetente, pois consegue mais uma vez, deixar as ruas de Tokyo preenchidas com alguns cadáveres, que de maneira nenhuma parecerão ter sofrido um acidente. Tirando o primeiro assassínio que comete neste livro, que sim poderá parecer acidental, os restantes não parecem mais do que ajustes de contas entre gangues rivais. Para além disso, Rain tem três regraspelo qual rege a sua profissão, neste livro pelo menos não as cumpre.
 
No final do livro levanta-se-me uma nova questão. O que será John Rain para o autor? Um herói, um anti-herói ou um vilão? Quando comecei a ler a série pensei que seria um anti-herói, mas de momento já tenho muitas dúvidas. Rain mata indiscriminadamente pessoas sem as conhecer minimamente, se alguém o persegue na rua ou o desafia mata ou fere impiedosamente apenas com o objectivo de marcar posição. As descrições aprofundadas das lutas e dessas mortes começaram a incomodar-me, não pela descrição mas sim pelo motivo. Parece aqueles filmes que morre gente por morrer, com o único propósito que é.. o que as audiências gostam.
 
O enredo não é nada do outro mundo, é por vezes confuso, mas nem me preocupei em voltar atrás para o perceber melhor de tão indiferente que se torna.
 
No fim é uma obra de leitura fácil, tipo filme de acção para agradar às massas mas que no fim não marca nem deixa saudades. É um livro que na sua leitura vai agradando na generalidade, mas que desagrada nos pormenores.
 
A série já leva 8 livros publicados sendo que em Portugal a Saída de Emergência publicou 3 e duvido que publique mais.
Se no livro anterior fiquei na expectativa relativamente ao seguinte, neste não fiquei. Irei ler o próximo, um dia, porque já o comprei e se já não o tivesse feito não o faria.
 
Nota (escala 1 a 10): 5
TheKhan

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