quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Anel Oculto


















Autor: Anne Bishop
Editora: Saída de Emergência 
Nº Páginas: 368
ISBN: 9789896370442

Sinopse: 
Depois de nos maravilhar com a Trilogia das Jóias Negras, a autora regressa ao mundo que a fez vencer o prémio Crawford Memorial Fantasy Award. Desta vez para nos contar a história de Jared, um Senhor da Guerra de jóia vermelha. Jared transgrediu todas as regras ao assassinar a sua rainha. Mas no reino dos Sangue, são poucos os homens que podem sobreviver sem estar sob a vigilância de uma rainha. Conseguirá Jared enfrentarar os seus próprios demónios e descobrir o significado de estar verdadeiramente ligado a uma Rainha? Anel Oculto é um livro isolado, mas tem laços com os acontecimentos da trilogia — especialmente pela presença do inesquecível Daemon Sadi. O mundo de Bishop continua a ser gótico, sensualmente perigosoe por vezes violento. Um prazer de leitura para os fãs, e uma excelente descoberta para os novos leitores que são apresentados a uma sociedade complexa, exigente, e carregada de personagens tão reais que arrepiam. 

Opinião:

Anel Oculto conta-nos a história de Jared, um Senhor da Guerra de jóia vermelha e escravo de prazer, que assassinou a sua rainha. Se nenhuma rainha o comprar, será enviado para as Minas de Sal como castigo. Mas Jared é comprado pela estranha Rainha Cinzenta e começa assim uma viagem cheia de surpresas e perigos à mistura . Nesta viagem, Jared terá de enfrentar os seus medos e descobrir que nem todas as rainhas são más.

Este livro é uma história isolada e independente da famosa Trilogia das Jóias Negras, onde revemos Daemon Sadi, uma das personagens mais marcantes da trilogia, cujas aparições vêm animar o livro.

Em Anel Oculto, Anne Bishop leva-nos para o já conhecido, mundo sombrio e violento, com os habituais cenários negros, através da sua escrita sensual e envolvente. No entanto,  a acção desenrola-se lentamente e só agarra o leitor quando é feita uma revelação importante acerca da identidade de uma das personagens.
Na minha opinião, as personagens não são tão apelativas ao leitor, precisavam de ser mais desenvolvidas.

Esperava que este livro fosse ao mesmo nível da Trilogia ds Jóias Negras e compreendo que deve ser muitíssimo difícil para a autora manter um nível que agrade a todos os fãs. Mas mesmo assim, é sempre agradável voltar ao mundo dos Sangue.


Nota (escala de 1 a 10):  6
IrishGirl

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Primeiro aniversário

Faz hoje um ano que abrimos este espaço de partilha de opiniões. Muito se passou ao longo deste período, muitos livros se leram, uns extremamente agradáveis outros nem tanto.
O prazer da leitura mantém-se, a biblioteca cada vez está mais preenchida, com muitos livros a pedirem para ser lidos. O tempo para o fazer diminuiu a meio do ano, um novo elemento ocupa-nos agora grande parte dele, mas há sempre um intervalo para pegar num livro.
O balanço é positivo, era isto que queríamos, apenas partilhar opiniões, obviamente que nos sentimos um pouco desiludidos pela fraca participação em comentários no blogue, mas o feedback dos amigos fora dele, tem sido muito positivo.
Para o novo ano vamos avançar para o projecto inevitável, a criação da página do blogue no Facebook.
 
Obrigado a todos os que leram as nossas opiniões e boas leituras.
IrishGirl e TheKhan

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Quem Matou Palomino Molero?

















Autor: Mario Vargas Llosa
Editora: Publicações D. Quixote
Páginas: 156
ISBN: 9789722043878

Sinopse:
Pode um morto ser o personagem central de um romance? Se o tenente Silva e o guarda Lituma são personagens essenciais da investigação que procura desvendar o que se esconde por detrás da estranha morte de um jovem aviador, é sobre a figura do inocente Palomino que se desenvolve toda a trama.
Mario Vargas Llosa apresenta em Quem Matou Palomino Molero? um surpreendente e inesperado registo policial que prende o leitor tanto pela originalidade estilística como pelo próprio enredo arrebatador e imprevisível.
 
 
Opinião:
Livro curto, opinião curta.

Depois da minha terrível experiência com William Faulkner, que me encolho sempre que pego numa obra de um galardoado com o prémio Nobel. Felizmente que há autores mais tratáveis que outros.

Quanto a Vargas Llosa e esta obra em particular posso dizer que gostei do estilo, da narração e da abordagem ao foco da obra. O aspecto mais curioso, e que mais me agradou foi durante alguns períodos sentir que a história estava a ser narrada na primeira pessoa, por Lituma, mas apercebendo-me sempre que esta personagem era mencionada na terceira pessoa. Foi uma sensação estranha que vivi ao longo da leitura do livro.

A obra resume-se a uma frase que o tenente Silva diz ao guarda Lituma e que é: "As verdades que pareciam mais verdades, se lhes dás muitas voltas, se as observas de perto, só são meias verdades ou deixam de o ser".E é isto que define o livro, vamos ao longo das suas páginas apercebendo-nos de uma verdade, quem matou Palomino Molero, mas quanto mais acompanhamos a investigação essa verdade vai tornando-se nebulosa e acabamos por questionar a sua veracidade.

Como policial não é usual, não há mistério, não há "cliffhangers" e "twists". Os investigadores não são nenhuns Sherlock e Watson, as deduções não são feitas a partir das suas extraordinárias capacidades mas sim, porque são os próprios intervenientes no crime que as vão admitindo ao longo da narrativa.

Mais do que um policial, este livro foca-se na luta desesperada de homens honestos contra uma sociedade corrupta, no peixe pequeno que é esmagado e os peixes graúdos que se safam sempre dos seus crimes.

Livro fácil e rápido de se ler, nada complexo, com poucas descrições e muito diálogo. A escrita é excelente, a cumplicidade de Silva e Lituma e a fixação amorosa de Silva são pontos bastante interessantes da obra.

Nota (escala 1 a 10): 7
TheKhan