terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

A Guerra da Pólvora

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Naomi Novik
Editora: Editorial Presença
Páginas: 290
ISBN: 978-972-23-4194-3
Colecção: Temeraire Series Book 3 of 9

Sinopse:
Depois de O Dragão de Sua Majestade e O Trono de Jade, chega o terceiro volume da série Téméraire, A Guerra da Pólvora. Neste terceiro livro, o capitão Will Laurence e o seu extraordinário dragão deparam-se com uma nova missão: transportar os três ovos de dragão comprados ao Império Otomano, de Istambul para Inglaterra. Mas nada está facilitado para os nossos protagonistas… os ovos desapareceram e têm de chegar às Ilhas Britânicas antes de eclodirem. Será uma corrida contra o tempo com tremendos perigos para enfrentar. Lien, o dragão-fêmea albino, aliou-se a Bonaparte. Conseguirão Laurence e Téméraire escapar e cumprir a sua missão?

 
Opinião:
Este blogue não existe para dar "palmadinhas nas costas" das editoras por interesse. Existe sim para servir os leitores, para divulgar o que consideramos bom e apontar o dedo ao que consideramos que está incorrecto. Assim nasce esta crítica e um post que se seguirá quando terminar uma volta às estantes de lá de casa.
 
Acima onde vêem livro 3 de 9 não é um erro, é a realidade apesar do nono livro só ser publicado este ano, mas essa realidade não se aplica a este cantinho, na ponta da Europa, é que a editora que publicou esta colecção ficou-se por este terceiro livro e desde 2009 que abandonou esta série. Aliás como é bastante vulgar na Colecção Via Láctea.
 
Quanto ao livro em si, disse no anterior, O Trono de Jade, que só não lhe dava um 5 por causa das duas personagens principais. Neste Téméraire torna-se a meu ver algo irritante de tanto piegas mas por outro lado é compensado pelo desenrolar da história do livro que o torna ligeiramente mais interessante que o anterior.
 
Em termos narrativos encontramos aquela que será a viagem de retorno da China. Se a viagem de ida se arrastou penosamente, o retorno acaba por ser mais interessante. A estadia em Istambul também marca pontos positivos, conseguindo manter-nos interessados ao desenrolar da história.
 
Mas se esta primeira parte do livro me agrada, a segunda parte não o conseguiu. Ao início a ideia de misturar dragões com as Guerras Napoleónicas, parece-me apelativa, aliás no primeiro livro a "novidade" cativou. O problema vem depois, neste livro não colou. A mistura criada entre as batalhas reais, com a intervenção dos dragões pareceu tão pouco plausível que esta parte final não é mais do que um conjunto de eventos desinteressantes pelos quais sentimos a vontade de passar à frente. A autora demonstra que a formula por si criada não funciona e aquilo que deveria marcar a diferença revela-se nada apelativo.
 
Quanto às personagens, Téméraire é um dragão novo, tendo experimentado o equilibro da sociedade Chinesa, faz o retorno a Inglaterra com ideologias sociais revolucionárias. Essas ideologias colocam-no com um estado de espírito que faz com que se comporte ao estilo puto mimado, comportamento este que se vai repetindo e me foi irritando ao longo do livro. Quanto a Laurence, é interessante ver a sua evolução no elo de ligação com o seu dragão, do qual vai nascendo uma maior compreensão das suas necessidades, mas continua a ser um personagem demasiado cinzento.
 
Ponto positivo é o aparecimento de uma nova personagem, Tharkay, misterioso o suficiente para gerar interesse.
 
Em suma, após o segundo e o terceiro livro não me terem cativado o suficiente, poria em grande dúvida se continuaria a ler esta série. A Editorial Presença, ao não editar mais nenhum livro da colecção acabou por me facilitar a decisão. Pelo que pesquisei a autora, após este livro procurou explorar mais o mundo alternativo, baseando-se menos em factos reais. Talvez ajudasse a melhorar mas não me apetece continuar em Inglês uma série que comecei em Português e não me cativou por aí além.
 
Aos novos leitores, aconselho a se quiserem pegar nesta série comprem em Inglês, ao menos ficam com edições homogéneas e não ficam "pendurados" por decisões editoriais. Money, Money...
 
Se soubesse o que sei hoje não os teria comprado.
 
Nota (escala 1 a 10): 5,5
TheKhan

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