Autor: Christopher Paolini
Editora: 1001 Mundos
Páginas: 836
ISBN: 9789895579129
Saga/Série: Inheritance nº 4 de 4
Sinopse:
Há pouco tempo atrás, Eragon - Aniquilador de Espectros, Cavaleiro de Dragão - não era mais que um pobre rapaz fazendeiro, e o seu dragão, Safira, era apenas uma pedra azul na floresta. Agora o destino de toda uma sociedade pesa sobre os seus ombros.
Longos meses de treinos e batalhas trouxeram esperança e vitórias, bem como perdas de partir o coração. Ainda assim, a derradeira batalha aguarda-os, onde terão de confrontar Galbatorix. E, quando o fizerem, têm de ser suficientemente fortes para o derrotar. São os únicos que o podem conseguir. Não existem segundas tentativas.
O Cavaleiro e o seu Dragão chegaram até onde ninguém acreditava ser possível. Mas serão capazes de vencer o rei tirano e restaurar a justiça em Alagaësia? Se sim, a que custo?
Este é o final da Saga da Herança, muito aguardado em todo o mundo por uma legião de fãs ansiosos.
Longos meses de treinos e batalhas trouxeram esperança e vitórias, bem como perdas de partir o coração. Ainda assim, a derradeira batalha aguarda-os, onde terão de confrontar Galbatorix. E, quando o fizerem, têm de ser suficientemente fortes para o derrotar. São os únicos que o podem conseguir. Não existem segundas tentativas.
O Cavaleiro e o seu Dragão chegaram até onde ninguém acreditava ser possível. Mas serão capazes de vencer o rei tirano e restaurar a justiça em Alagaësia? Se sim, a que custo?
Este é o final da Saga da Herança, muito aguardado em todo o mundo por uma legião de fãs ansiosos.
Opinião:
Demorei demasiado tempo a ler este livro, por duas razões, primeiro porque não me entusiasmou tanto como os anteriores e segundo porque andava tão cansado que se havia coisa que não me apetecia quando me esticava, era pegar num livro tão grande e pesado.
Mas no fim fica o sabor agradável de terminar uma série. Ou será que não terminou?
Não me apetecia começar a dizer mal, porque quando começo ninguém me segura. A verdade é que Paolini deixou tanto em aberto, após aquele que deveria ter sido o fim do livro e da série, e digo deveria porque o autor acrescenta 80 páginas de "epílogo" que são um verdadeiro "encher chouriços" que nada mais faz do que deixar o leitor a pensar que algo deverá vir a seguir. E será que o leitor quer mais Eragon?
Devo dizer que gostei de ler Eragon quando lhe peguei há quase uma dezena de anos atrás, o autor criou um mundo interessante, mesmo que nada original, mas que cativou apesar de ser extremamente juvenil. O problema é que os anos passaram, a escrita não melhorou e nós vamos lendo outras coisas e tornando-nos muito mais exigentes.
Espremendo é fácil identificar o que gostei. Há personagens poderosas que me agradaram particularmente, Murtagh, Roran ou Brom. São personagens bem mais complexas que o protagonista e por isso tão melhores. De quem também gostei neste livro foi Galbatorix, o mau da fita é louco mas tem lógica e acaba por demonstrar a toda a gente que a razão pelo qual faz aquilo que faz tem total sentido, apesar de o método ser discutível.
De negativo começa também por Galbatorix, para quê tantas páginas de livro se a série acaba e apenas um pouco da complexa personalidade desta personagem é apresentada? Que pena o autor não dedicar mais tempo a caracterizar o vilão em vez de perder tempo com as crises existenciais de Eragon.
No fundo o que se sente ao fim destas 836 páginas é que o autor criou uma obra maçuda, demasiado descritiva em momentos pouco ou nada relevantes e sem conseguir criar aquele interesse que mantém o leitor colado ao livro. Como melhor exemplo temos o corredor que os heróis percorrem para chegar à sala do trono, percurso que carregado de perigosas armadilhas deveria ser um momento alto do livro. A verdade é que li esta parte sem grande atenção, perdi metade do sentido e não voltei atrás por puro desinteresse.
Depois temos o final que é... desagradável, o autor torna Eragon num daqueles heróis muito bonzinhos, caridosos que se sujeitam a tudo para ajudarem, com uma enorme falta de personalidade e que parece nunca deixar de ser um adolescente. Paolini cria expectativas ao longo da série, relativas ao destino das personagens, tentando não revelar demasiados spoilers, devo dizer que nada ou praticamente nada do que esperamos acontece, mas não porque o autor tem um momento de brilhantismo e surpreende o leitor. Não, nada disso, apenas não cumpre as expectativas por razões fracas e muito pouco fundamentadas.
Esta série tem muito do que me desinteressa na fantasia. Tem aquele chutar para a frente quando se depara com impasses da narrativa, em que tudo se resolve com magia. Todas as dificuldades são banalizadas pelos poderes dos heróis. Depois temos o bouquet completo, os anões são rezingões, os dragões extremamente poderosos mas na realidade não são mais do que animais de estimação dos humanos, os elfos continuam a ser uma raça enfadonha de tão perfeitinhos e os humanos uns fracotes que por acaso acabam por dominar o mundo, mas que facilmente seriam esmagados por qualquer um dos grupos anteriormente descritos.
Spoiler, tantas páginas para derrotar um inimigo tão poderoso como Galbatorix e quando lá chegam é tão fácil... que desilusão. Ahh e já agora haja alguém que me convença que o personagem eleito para suceder ao Rei é mais humano que o anterior era.
E cá está, lá me estendi na critica. A verdade é que por todos os defeitos que tem entretém. Há personagens que cativam e o mundo criado é aprazivel. Pena ser demasiado colado ao "Senhor dos Aneis" e que o jovem promissor não se tenha tornado num autor de qualidade acima da média.
Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan
Opinião:
Aproveitei as férias para ler o final da série da Herança. É que custa andar com um livro deste tamanho nos transportes públicos! E vou começar exactamente por aí. Não sou apreciadora das divisões de livros, mas realmente existem livros que não há mesmo outra solução para facilitar a vida ao leitor. E este livro, é excessivamente longo. O autor estendeu-se demasiado em certas descrições, e em certas cenas que nada contribuíram para a acção e o desenrolar da história, tornando a história demasiado comprida. Pronto, este foi o primeiro ponto negativo.
Demorei demasiado tempo a ler este livro, por duas razões, primeiro porque não me entusiasmou tanto como os anteriores e segundo porque andava tão cansado que se havia coisa que não me apetecia quando me esticava, era pegar num livro tão grande e pesado.
Mas no fim fica o sabor agradável de terminar uma série. Ou será que não terminou?
Não me apetecia começar a dizer mal, porque quando começo ninguém me segura. A verdade é que Paolini deixou tanto em aberto, após aquele que deveria ter sido o fim do livro e da série, e digo deveria porque o autor acrescenta 80 páginas de "epílogo" que são um verdadeiro "encher chouriços" que nada mais faz do que deixar o leitor a pensar que algo deverá vir a seguir. E será que o leitor quer mais Eragon?
Devo dizer que gostei de ler Eragon quando lhe peguei há quase uma dezena de anos atrás, o autor criou um mundo interessante, mesmo que nada original, mas que cativou apesar de ser extremamente juvenil. O problema é que os anos passaram, a escrita não melhorou e nós vamos lendo outras coisas e tornando-nos muito mais exigentes.
Espremendo é fácil identificar o que gostei. Há personagens poderosas que me agradaram particularmente, Murtagh, Roran ou Brom. São personagens bem mais complexas que o protagonista e por isso tão melhores. De quem também gostei neste livro foi Galbatorix, o mau da fita é louco mas tem lógica e acaba por demonstrar a toda a gente que a razão pelo qual faz aquilo que faz tem total sentido, apesar de o método ser discutível.
De negativo começa também por Galbatorix, para quê tantas páginas de livro se a série acaba e apenas um pouco da complexa personalidade desta personagem é apresentada? Que pena o autor não dedicar mais tempo a caracterizar o vilão em vez de perder tempo com as crises existenciais de Eragon.
No fundo o que se sente ao fim destas 836 páginas é que o autor criou uma obra maçuda, demasiado descritiva em momentos pouco ou nada relevantes e sem conseguir criar aquele interesse que mantém o leitor colado ao livro. Como melhor exemplo temos o corredor que os heróis percorrem para chegar à sala do trono, percurso que carregado de perigosas armadilhas deveria ser um momento alto do livro. A verdade é que li esta parte sem grande atenção, perdi metade do sentido e não voltei atrás por puro desinteresse.
Depois temos o final que é... desagradável, o autor torna Eragon num daqueles heróis muito bonzinhos, caridosos que se sujeitam a tudo para ajudarem, com uma enorme falta de personalidade e que parece nunca deixar de ser um adolescente. Paolini cria expectativas ao longo da série, relativas ao destino das personagens, tentando não revelar demasiados spoilers, devo dizer que nada ou praticamente nada do que esperamos acontece, mas não porque o autor tem um momento de brilhantismo e surpreende o leitor. Não, nada disso, apenas não cumpre as expectativas por razões fracas e muito pouco fundamentadas.
Esta série tem muito do que me desinteressa na fantasia. Tem aquele chutar para a frente quando se depara com impasses da narrativa, em que tudo se resolve com magia. Todas as dificuldades são banalizadas pelos poderes dos heróis. Depois temos o bouquet completo, os anões são rezingões, os dragões extremamente poderosos mas na realidade não são mais do que animais de estimação dos humanos, os elfos continuam a ser uma raça enfadonha de tão perfeitinhos e os humanos uns fracotes que por acaso acabam por dominar o mundo, mas que facilmente seriam esmagados por qualquer um dos grupos anteriormente descritos.
Spoiler, tantas páginas para derrotar um inimigo tão poderoso como Galbatorix e quando lá chegam é tão fácil... que desilusão. Ahh e já agora haja alguém que me convença que o personagem eleito para suceder ao Rei é mais humano que o anterior era.
E cá está, lá me estendi na critica. A verdade é que por todos os defeitos que tem entretém. Há personagens que cativam e o mundo criado é aprazivel. Pena ser demasiado colado ao "Senhor dos Aneis" e que o jovem promissor não se tenha tornado num autor de qualidade acima da média.
Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan
Opinião:
Aproveitei as férias para ler o final da série da Herança. É que custa andar com um livro deste tamanho nos transportes públicos! E vou começar exactamente por aí. Não sou apreciadora das divisões de livros, mas realmente existem livros que não há mesmo outra solução para facilitar a vida ao leitor. E este livro, é excessivamente longo. O autor estendeu-se demasiado em certas descrições, e em certas cenas que nada contribuíram para a acção e o desenrolar da história, tornando a história demasiado comprida. Pronto, este foi o primeiro ponto negativo.
Segundo ponto, o final demasiado previsível e
enfadonho. Não me levem a mal, mas não me consegui emocionar nada com o fim.
Foi aborrecido e tenho a sensação que depois de tanta batalha, ficou tudo igual.
Aliás, até Eragon chega a essa conclusão. Que ele próprio, no futuro, poderá
ficar igual ao vilão Galbatorix e querer controlar tudo.
Mas nem tudo é negativo, de
maneira nenhuma. Nota-se uma evolução nos personagens. Principalmente no
protagonista Eragon, que achei, apesar de tudo, mais crescido e adulto na
tomada de decisões. Também, os Elfos estão mais simpáticos e menos altivos. Gostei
muito de Roran e do papel que desempenhou no desenrolar da história. A Rainha
Nasuada desiludiu-me um pouco. Esperava mais dela, depois de ter sofrido
horrores às mãos de Galbatorix. Aliás nessa parte da história mal consegui
largar o livro. Gostava que o autor tivesse desenvolvido mais Murtagh, mas acho
que Paolini teve medo de o fazer, porque provavelmente Murtagh seria melhor que
Eragon. E também gostava de saber quem era Angela! Um verdadeiro mistério! E o
que dizer dos Dragões? Muito sinceramente, não sei. Passaram-me completamente
ao lado.
Relativamente às batalhas, elas
estavam bem descritas e agarram o leitor, desde que nessa batalha esteja Roran.
Roran, é o verdadeiro guerreiro. Forte e resistente. Não olha a meios para
lutar contra o opressor e para libertar o povo e a sua família. Passou a ser o
meu personagem preferido.
E, quando finalmente, todas as
forças e meios se convergem para a batalha final entre Galbatorix e Eragon, que
supostamente seria o ponto máximo do livro, passa tudo tão depressa que não
consegui evitar um “Já acabou?”. Pronto, foi o terceiro ponto negativo. Depois
de uma promessa de armadilhas e problemas que tinham de ultrapassar,
resolveu-se tudo num piscar de olhos, porque, e desculpem o spoiler, Eragon fez
Galbatorix entender e ele morreu de dor?!! Mas que desilusão! Galbatorix, como
principal vilão merecia mais. Merecia mais desenvolvimento.
Resumindo, Christopher Paolini
terminou a série da Herança com um livro mais ou menos bom. Gostei de algumas
partes, que realmente achei muito boas, que me agarraram e me entusiasmaram, e
outras que não gostei nada e que me desiludiram.
Nota (escala 1 a 10): 6
IrishGirl
Viva,
ResponderEliminarApenas li o 1 e 2 volume e tive que parar, o primeiro volume ainda vá teve ali coisas interessantes mas no segundo foi mesmo muito encher chouriço.
Duvido que vá terminar de ler esta saga mais a mais com comentários como os teus :)
Abraço
Bem, o nosso objectivo é fomentar a leitura, parece-me que não temos sido muito bem sucedidos nos últimos tempos. :D
EliminarEntretém, mas não se justifica a fama que tem, nem a necessidade de escrever tantas páginas, para algo que se apresentava em metade delas.
Abraço