quarta-feira, 5 de junho de 2013

Tokyo Killer

















Autor: Barry Eisler
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 276
ISBN: 9789896372040                          
SérieJohn Rain nº 1
 
Sinopse:
John Rain é um assassino. O seu talento é matar. A sua especialidade: fazer com que pareça um acidente ou morte por causas naturais. Mas Rain tem as suas próprias regras e sabe que não as pode quebrar. Meio americano, meio japonês, ele é um mercenário treinado para fazer o trabalho sujo que os governos negam existir. Na frenética cidade de Tóquio, até uma carruagem de metropolitano em hora de ponta, está repleta de oportunidades para provocar a morte de uma vítima. John Rain pode não ser um bom homem, mas é bom naquilo que faz. Confiante, discreto... ele é o melhor assassino que o dinheiro pode comprar. Até ao dia em que se apaixona pela sedutora filha de um homem que matou. Todas as suas regras estão em causa. E o amor pode tornar-se o seu maior inimigo.
 
Opinião:
Não gosto de heróis bonzinhos e bonitinhos. Não tenho paciência para ideais de perfeição seja no masculino seja no feminino. Sempre fui pelos anti-heróis, Rorschach, The man with no name ou Edmond Dantés. John Rain é um anti-herói.

O livro em análise é um mistura de cultura americana com a cultura japonesa, completamente à imagem do autor Barry Eisler, Americano que viveu vários anos no Japão.
John Rain, é um assassino freelancer, meio Japonês meio Americano, judoca de créditos firmados e amante de Jazz. Parece-me, que com a informação que li do autor, Rain tem gostos parecidos com Eisler.

O protagonista é também o narrador do livro. Este estilo de narração aproxima-nos mais dos sentimentos do personagem, faz-nos sentir mais em sintonia com este e muitas vezes torna o ritmo do livro mais vivo. É o caso neste livro, apesar de muitos momentos filosóficos do protagonista, o livro lê-se facilmente, sem grandes quebras de ritmo.

Tenho estado com alguma dificuldade em escrever esta opinião. Não desgostei do livro, mas também não o considerei verdadeiramente apelativo. Já comprei o livro seguinte, até porque a escrita é bastante leve e por isso lê-se rápido. Tenho curiosidade em ver se há evolução na profundidade das personagens ou se o "caso" do segundo livro é mais interessante.

De positivo, retiram-se os momentos em que que Rain nos conta o seu passado. São pequenas peças que vão sendo colocadas no tabuleiro e que trazem estrutura à obra. Interessante também são as descrições da cidade de Tokyo bem como da cultura Japonesa, da qual não sou particularmente adepto, mas é sempre positivo aprender um pouco mais.

De negativo... para mim existe uma grande diferença entre os livros e os filmes. Se nos filmes existe aquele efeito Hollywoodesco que tendencialmente levam as cenas um pouco para o exagerado e irreal, nos livros espero mais realismo e especialmente cuidado com os pormenores. Custa-me a aceitar que o protagonista assassine uma quantidade bastante considerável de pessoas ao longo do livro, sem que pareçam acidentes, deixando os cadáveres em sítios públicos, sem que haja grande reacção da comunidade geral.

Curiosidade, é a frequente utilização da língua Japonesa, com tradução imediata, o que se torna extremamente interessante para aprendermos umas boas frases desta língua.

Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan

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