segunda-feira, 6 de julho de 2015

Campos da Morte
















 
Autor: Simon Scarrow
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 613
ISBN: 9789896374006
Série: Revolution nº 4 de 4
 
Sinopse:
Estamos no ano de 1810. O Visconde Wellington e o Imperador Napoleão conquistaram fama e reputação como comandantes militares brilhantes. Wellington goza ainda de maior fama durante os seus anos em Espanha, mas sabe que o seu derradeiro teste ainda está para vir: enfrentar o poderoso exército de Napoleão. Quando invade a França no ano de 1814, Wellington obtém uma vitória rápida. Enquanto se deixa seduzir por uma estadia em Viena, chegam notícias do regresso triunfante de Napoleão. Este, ambicioso como sempre, inicia uma campanha russa que termina em desastre e é depois derrotado em Leipzig na maior batalha alguma vez travada na Europa. Com o declínio do poder de Napoleão, Wellington quer esmagar o tirano de uma vez por todas – e assim os dois gigantes enfrentam-se uma última vez, em Waterloo...
 
Opinião:
Mais de um mês estive a ler este livro e é com uma sensação de alívio que o acabo. Esta sensação nasce da ambiguidade que este blog acaba por carregar nas minhas leituras. A pressão que cria na leitura, acaba por obrigar a alguma celeridade, o que me faz por vezes não apreciar tanto um livro que necessita de algum tempo para ser percorrido.

Terminando esta obra e assim esta série sobre Napoleão e Wellington, esta crítica serve tanto para este livro como para os três anteriores. Poderei estar a repetir-me mas a verdade é que existe homogenidade nas obras e os positivos e negativos de um livro estão em todos eles.

Mais uma vez são romances históricos biográficos que vai saltando entre uma personagem e outra, sendo que este livro peca um pouco mais que os anteriores, pois denota um excesso de foco nas batalhas. Aliás este livro acaba por ser cansativo por isso mesmo, é um sem acabar de batalhas encadeadas umas nas outras sem dar folgo ao leitor. Assim na quase totalidade das 600 páginas que compõem esta obra acompanhamos as constantes descrições de cenários de guerra, tácticas militares e constantes avanços e recuos das variadíssimas unidades militares.

Cada batalha que termina num capítulo, é logo seguida por outra que começa no capítulo seguinte. E é um sem número delas, desde as batalhas em Portugal e Espanha, acompanhando a Campanha Peninsular de Wellington, até à entrada deste em território Francês, paralelamente à batalha de Wagram e à posterior Campanha Russa de Bonaparte, passando por Leipzig e todo o recuo de volta a Paris, dando apenas ao leitor quase no final um conjunto de meia centena de páginas sem batalhas, coincidente com o período de Napoleão no reino de Elba, mas que não é mais do que um ganhar folgo para a grande batalha final de Waterloo.

Desta vez não me vou alongar relativamente às personagens. Quem quiser saber qual a minha opinião sobre a forma como são descritas, naquilo que me parece ser uma opinião algo tendenciosa de um autor que gosto particularmente, mas que tem reflexo na obra, leia por favor as criticas aos livros anteriores já feitas neste blog.

De positivo e marcante apraz-me destacar dois momentos da obra. O primeiro é quando nos é descrito o confronto entre Friedrich Staps e Napoleão. Staps foi um jovem de 17 anos que tentou assassinar o Imperador no Schönbrunn. O segundo passa um pouco despercebido na página 374, mas resume-se no seguinte, um major da Nonagésima Quinta sobe a encosta com um pasta de cabedal, esse major carrega consigo uma espingarda, algo pouco usual para um oficial e dá pelo nome de Richard, quem é? Não mais do que o Sharpe da famosa série de Bernard Conwell.

Resumindo, bom livro para aprender um pouco de história, para se ler aos poucos sem pressão. Vale pela história e não pela estória. O autor conquistou-me mais com a série da Águia do que com esta.

Nota (escala 1 a 10): 6,5 (0,5 a mais pelo aparecimento do Sharpe)
TheKhan

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