quinta-feira, 23 de maio de 2013

Os Generais




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Simon Scarrow
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 539
ISBN: 9789896371616
Série: Revolution nº 2
 
Sinopse:
Napoleão Bonaparte e Duque de Wellington. Dois gigantes da História e um mundo pequeno demais para os abarcar. Corre o ano de 1796 e tanto Arthur Wellesley (mais tarde conhecido por Duque de Wellington), como Bonaparte estão a deixar a sua marca como homens de reconhecido génio militar. Comandante do 33º Regimento de Infantaria, Wellesley é enviado para a Índia, onde as suas habilidades e coragem impressionam grandemente os seus superiores.No papel de comandante do Exército de Itália, Napoleão Bonaparte trava batalhas com sucesso e alcança uma rápida evolução política. Em 1804 proclama-se Imperador de França e ambiciona conquistar toda a Europa. Chegou o tempo para o futuro Duque de Wellington enfrentar Napoleão num combate épico que abalará o mundo e ficará registado para sempre na História.
 
Opinião:
"Os Generais" é o segundo livro de quatro, da série de Simon Scarrow que segue paralelamente a vida de Napoleão Bonaparte e Arthur Wellesley. Sendo um adepto da Série da Águia do mesmo autor decidi, graças a alguns preços fantásticos da Saída de Emergência na Feira do Livro 2012, a pegar nesta série agora que já esgotei todos os livros do Sharpe de Cornwell editados em Portugal.
 
Quando li o primeiro livro da série, "Os Jovens Lobos" gostei bastante, a escrita de Scarrow sempre me agradou e nesta série é curiosa a forma como o autor pega em duas personagens reais, de uma enorme importância histórica, e as torna nas duas personagens principais de uma série de literatura.
 
Ao longo dos quatro livros seguimos a vida dos futuros Imperador Napoleão e Duque de Wellington, numa mistura de acontecimentos, na sua grande maioria reais, mas também com algumas adaptações de ficção que ajudam a tornar as histórias mais fluídas.
 
Relativamente a "Os Generais", foi de todos os livros de Scarrow o que mais tempo demorei a ler, mais precisamente três semanas. E porquê? Porque foi o que menos me agarrou, em virtude de ser um livro que mais parece ser um documento histórico do que um romance. Falta princípio, meio e fim, são mais de 500 páginas de meio, que mais não são do que vários acontecimentos históricos encadeados, sem que haja um enredo que nos apegue ao livro e nos faça sentir aquele desejo extra de querer virar as páginas mais depressa do que o habitual e saber o que se vai passar a seguir.
 
Não obstante, o trabalho de pesquisa é como habitualmente extremamente elaborado, aliás outra coisa não se podia esperar de um antigo professor de história.
 
Curiosamente, relativamente às personagens, e no seguimento do primeiro livro em que achei Napoleão um personagem muito mais interessante que Wellesley, combativo, irrequieto com uma linha de pensamento estabelecida, contra um personagem preguiçoso, derrotista e depressivo, verifiquei ao longo de "Os Generais" uma inversão total nas personalidades. Napoleão passou a maníaco, incoerente e desequilibrado enquanto que Wellesley renasceu empreendedor, corajoso e humanista. Se calhar foi apenas o cruzar das personagens com aquilo que é o senso geral relativamente a elas, mas o que me desagradou foi o efeito Dr. Jekyll/Mr. Hyde verificado em ambas as personagens sem que na narrativa houvesse qualquer explicação lógica para este acontecimento.
 
Em jeito de conclusão, lê-se bem, é interessante mas quando temos expectativas altas relativamente a um autor é difícil não apontarmos os erros, quando nos deparamos com uma obra menos conseguida. Gostei do livro mas esperava mais.
 
Venha o próximo, no qual deverão ser descritas as Guerras Peninsulares.
 
Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan

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